Quando Arturzinho corria na campina e brincava com o vizinho, tudo era sonho. O menino ensejava ideias livres com aquele ar risonho, correndo frouxo em meio a brincadeira de crescer. Arturzinho cresceu para aprender que ganhava a mãe mais pelas brincadeiras, mais pelas inventividades, criatividades e imaginações do que pelas besteiras, pela razão. Mãe, deixa eu brincar... Dizia sorrindo, com os olhos a brilhar... Já arrumou a cama menino?! Já! Ele dizia e, saia pra farrear. A mãe ia ao quarto inspecionar e via: Um cabo de vassoura, uma coberta em tenda e toda a merenda num pano de piquenique. Ela se esvaia em orgulho, mesmo pra depois dar chilique. Dizia: meu menino é puro, vive pra nascer todo o dia e o dia nasce só porque ele vive.
Osíris Duarte