O dia do poeta tem sol e chuva, não tem necessariamente seta. Tem que ter discreta e seleta suavidade, aquela que requer toda verdade bem dita. É um dia em que se acredita, seja em lágrimas, fadas ou gargalhadas inauditas. O dia do poeta e feito de lua, é no meio da rua, na esquina incerta. Ele tem cheiro de grama, de orvalho e flor dileta. Tem dor e amor, tem ternura... O dia do poeta é um dia de viver nas alturas, pairar sobre as agruras, sem frescuras e sem sucesso. É um ostracismo inverso, sem louros, amealhando glórias pequenas, tesouro da alma, sem público, felicidade calma que busca verso.
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