E eu dançava com pernas que já não são minhas.
Dançava ao som mudo da vida, turba enfurecida de imagens
pensamento.
Eu dançava ao vento, e ainda danço.
Quer coisa mais certa que não ter ranço do tempo?
E ainda ei de conseguir pairar acima dos meus eus
egocêntricos.
Ei de apagar as chagas da minha insegurança.
E ai só vai restar a lembrança do homem criança que não
soube brincar com a vida.
Bandida que roubou minha inocência, mas deixou, ainda bem,
minha esperança.
Osíris Duarte 16.01.13