quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Estações

No meu silêncio mora um grito ensurdecedor.
E de olhos fechados vejo bem, além da miopia.
Melhor seria se eu fosse ignorante.

Sou apenas alguém que estremesse com nostalgia,

Que se embebeda de agonia, 
Quando o dia de novo nasce azul, 
Mas ainda não me trouxe de volta a cor que eu queria. 

No meu silêncio mora um gemido, um suspiro.

E mesmo ao som baixo, tenho um prurido,
Algo entre o ego e a libido, uma vontade de explodir.

Nos meus berros revolucionários mora o silêncio reflexivo da minha alma.

Calma brisa de verão...

Osíris Duarte 19.02.13

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Falso ego


De quando em vez sou apenas um escárnio de mim,
Plágio barato de quem quero ser.
E nessas horas me religo a realidade, tomo uma dose de humildade,
Pra não seguir sendo essa farsa que não disfarça o embuste que é ser sistêmico,
Mortal arrogante mortal envolto na névoa da sociedade carnal,
Sofre o contágio epidêmico de hipocrisia moral. 
Viva a teimosia dos bons, viva...

Osíris Duarte 15.02.13