terça-feira, 23 de abril de 2013

Sem meias atitudes



Mas é que quando beijo, é pra valer.
Um ensejo de nada, não rende beijo.
É que meu desejo não faz doer.
Pra quem sabe o que almejo, dar valor ao beijo
É só questão de saber o que querer.

Meu abraço é de verdade, faz alarde.
De deixar roxo, apertado, acarinhado.
É porque não tenho braços pra quem não tem abraço
É só questão de saber o que fazer.

Osíris Duarte 22.04.13

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Omitindo



Tá entalado. Aqui, na garganta, sabe... Ando é bem ressabiado com os abismos da ignorância. O artigo de luxo chamado coerência anda em escassez. E a gente recebe críticas negativas por tentar ser politicamente correto... Talvez porque na nossa realidade tupiniquim haja um antagonismo por demais forte entre as duas palavras. Tá cheio de gente "inteligente" por ai que faz questão de justificar suas palavras-conceitos-reforços com a dita liberdade. Liberdade sem se responsabilizar e fáaacil... Então ainda tenho que ouvir discursos do tipo: Tem que matar esse bandido, esse fodido, esse viado, esse preto, esse crente, esse povo... Santos cristãos batman! As vezes acho que o analfabetismo crítico é pior do que o prático. Conviver com a leviandade de compartilhamentos fake que servem os propósitos ideológicos, morais e de poder alheio virou status quo. Tenho me preservado de algumas polêmicas, porque já me basta o asco diário. Então, em meio ao melindre de muitos com qualquer declaração divergentes, pensei mesmo em vir aqui só pra reforçar algo pra mim importante: Tirem sua ignorância do meu caminho que eu quero passar com a realidade.

Osíris Duarte 10.04.13

terça-feira, 2 de abril de 2013

Verde as vezes, maduro por estação

Penso que já não há espaço pra remendos.
Esse escrever com sangue as histórias, esse suor nas memórias...

Penso que não me servem paliativos.
Assim como já não me servem mais certos livros, certas roupas...

Penso que preciso seguir sonhando.
Mas andando sonâmbulo caminho cego a beira da realidade, certas verdades...

O fato é que hoje penso, como jamais pensei
E se me pesa o dessabor tenso dos erros e frustrações, me eleva o valor da fruta que pego do chão.

Osíris Duarte 01.04.13