terça-feira, 3 de agosto de 2010

Andando pelo passado tão presente

O continente de Alcântara, como se refere o guia da marinha do Brasil e nativo da vila, Juca, é muito maior do eu imaginava. São cerca de 40 mil habitantes e diversas comunidades, entre elas várias quilombólas, além da base de lançamento de foguetes, com cerca de 500 funcionários, antes tocada por estadunidenses e, agora, por uma parceria entre vários países. Depois de mais de meia hora de barco é possível ver de longe a grande ilha, que se estende até perder de vista. Caminhar pelas ruas de Alcântara é uma viajem no tempo inesquecível. É como se estivesse novamente no Brasil colônia - será que saímos? - respirando um ar que é familiar a qualquer brasileiro. Entre igrejas construídas pelos escravos e para os escravos, e outras feitas para os senhores, o retrato do Brasil de Dom Pedro está a cada esquina. Toda a cidade e preservada, muito devido ao número de estrangeiros que adquiriram imóveis e os restauraram. A Fundação Roberto Marinho é outra que investiu em Alcântara, tudo pelas novelas da Globo, claro. A emissora possui uma casa na vila, onde grava miniséries e novelas. Abaixo vão algumas fotos das ruínas do mercado de escravos, das igrejas feitas com pedra de minério de ferro e óleo de baleia, do casariu centenário, de um dos dois únicos pelourinhos originais no país, além de belas paisagens por entre portas e janelas em ruínas. Um passeio do mais bacanas que já fiz pela história do Brasil. 

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