ós, mesmo quando o cheiro é atroz. Esse presente em nós, é só um rompante dos anseios intermitentes do passado, é um passo dado, é um mutante ausente. A gente pira se não grita, não chora, não sente. A gente treme se não encara, se não separa o joio do trigo na mente. A gente pára, a gente teme, se depara com o desafio de ser ciente de si, ser presente atemporal, ser um paranormal, porque de conformidade, eu já tive minha parte, prefiro agora ficar ausente. Na verdade, desse alarde todo que arde, no gozo dos sentidos, eu já me recuso a fonte de água tratada quimicamente, e bebo o livre arbítrio da nascente que jorra sem parar, da vida que não demora mais do que um tardar de estação, mas que a seu tempo me dá a mão a oportunidade de existir.
Osíris Duarte 11.09.12
Osíris Duarte 11.09.12
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